A capacidade expansiva da nuvem vulcânica islandesa veio colocar sérias questões a propósito da aviação civil, na dupla vertente das companhias aéreas e da gestão aeroportuária.
Aparentemente, é lícito às companhias aéreas abandonar os seus clientes à sorte, com base num nebuloso conceito de "regulamentação das tarifas", fundado essencialmente em obscuras regulações internacionais e em contratação com base em cláusulas contratuais gerais. Naturalmente que a catástrofe natural colocará sempre exigências relevantes sobre estas companhias, mas não se poderá afirmar que sejam exigências com que não possam razoavelmente contar, periodicamente.
Também os aeroportos foram, aqui e ali, mostrando as suas falhas.
Pergunta-se: continuam todos contra o novo aeroporto, contra o TGV e a favor da privatização da ANA e da TAP? É preciso haver catástrofes para pôr as pessoas a fazer análises correctas? É preciso a falência do sistema financeiro para defender um banco público? Quo Vadis?